CYATHEACEAE

Cnemidaria uleana (Samp.) Tryon

Como citar:

; Tainan Messina. 2012. Cnemidaria uleana (CYATHEACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

1.461.767,059 Km2

AOO:

80,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo (Windisch; Santiago, 2012), Paraná (Fernandes, 1997) e Amazonas (CNCFlora, 2011)No Brasil a espécie ocorre em altitudes entre 800 e 1.200 m, no entanto há um registro da espécie em Rio Grande do Sul em altitude de 120 m (Fernandes, 1997)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador:
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

As categorias de ameaça não sãoaplicáveis para essa espécie uma vez que essa tem ampla distribuição enão apresenta ameaças diretas ou uso. Portanto foi considerada "Menos preocupante" (LC).

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila densa e floresta estacional semidecidual (Salino; Almeida, 2009).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: A espécie ocorre em formações florestais, tais como floresta ombrófila montana e alto montana, como no alto dos planaltos e serras do Rio de Janeiro e na floresta estacional semidecidual de Minas Gerais (Fernandes, 1997).A espécie é terrícola, ocorre no interior da mata, crescendo em lugares sombrios e úmidos, em barrancos ao longo de trilhas, beiras de córregos ou sobre rochas (Fernandes, 1997).

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
O Parque Nacional do Itatiaia apresenta ao longo de sua história episódios de incêndios extensos e duradouros, como o ocorrido em 1963 que atingiu cerca de 10.000 ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias. Aximoff; Rodrigues (2011), com base nos incêndios ocorridos em 2001 (600 ha), 2004 (600 ha) e 2007 (800 ha), sugerem padrão de ocorrência trienal para os grandes incêndios mesmo que em áreas não sobrepostas (dados dos limites do incêndio de 2004 não foram encontrados). De maneira a reforçar esta hipótese, em 2010 o PNI teve mais de 1.100 ha de campos de altitude queimados em um único incêndio (Aximoff, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4 Infrastructure development
O início do processo de ocupação do Vale do Rio Macaé, RJ, remonta aos anos 1820, quando o projeto de colonização planejada iniciou na fazenda Morro Queimado, atual município de Nova Friburgo. O ciclo de café e cana de açúcar passaram pelo local mas as condições climática não propícias desestimularam a permanência dessa culturas ao longo do século XIX. Passou-se então a desenvolver uma agricultura de subsistência e de base familiar em pequenas e médias propriedades, dedicadas ao feijão, mandioca, hortaliças e em menor quantidade, à criação de animais (Mendes, 2010; Corrêa, 2008). As metodologias para aumento da produtividade levaram os produtores a utilizarem defensivos agrícolas que causaram alterações no equilíbrio físico, químico e biológico do solo, aumentando a susceptibilidade das lavouras ao ataque de pragas e doenças, contaminação dos recursos naturais e dos alimentos. Tais danos ambientais reduziram a produtividade das lavouras e obrigaram os agricultores a entrarem num ciclo vicioso de utilização cada vez maior de insumos perigosos ao meio ambiente que diminuem o potencial produtivo do solo. Hoje, devido a beleza paisagística do local, as práticas agrícolas estão cada vez mais sendo substituídos por atividades vinculadas ao turismo, tais como à construção civil, o comércio e prestação de serviços para atenderem as novas demandas da região (Mendes, 2010)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
O Estado de São Paulo originalmente possuía aproximadamente 81,8% (20.450.000 ha) de seu território. Hoje, a Mata Atlântica no Estado representa cerca de 18% da remanescente no Brasil, concentrando-se ao longo do litoral e encostas da Serra do Mar, significando cerca de 8,3% da área do Estado e 83,6% da vegetação nativa ainda existente no Estado. Mesmo em áreas protegidas ocorrem ameaças como invasões de populações marginalizadas (favelização de manguezais e encostas), especulação imobiliária), mineração, extrativismo vegetal clandestino, caça e pesca predatórias, lixões, poluição da água, mar, ar e solo e chuva ácida sendo essas ameaças permanentes à conservação dos remanescentes da Mata Atlântica no Estado de São Paulo (Costa, 1997).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora de Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007)
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Reserva Estadual de Macaé de Cima, Parque Nacional do Itatiaia, Reserva Ecológica do Município de Nova Friburgo, RJ, Estação Ecológica de Bananal e Reserva Biológica Alto da Serra, SP (CNCFlora, 2011)